História
O Rancho das Tricanas da Lapa nasceu em Dezembro de 1952, 10 anos antes do aparecimento do Leões da Lapa F. C., tendo estado inactivo durante cerca de 30 anos, por motivos alheios à sua vontade, aparecendo de novo em 1985.
O verde e branco que predomina em especial o traje da nossa Tricana é uma homenagem às cores da nossa Paróquia a que temos a honra e a felicidade de pertencer e que deu o seu Sagrado nome de Lapa a este Rancho de Tricanas. Este agrupamento tenta reproduzir o mais fiel possível, o retrato do nosso pescador e mulher Tricana dos anos 30 até fins dos anos 50 do século passado. O homem, boina preta, camisa aos quadrados preto e verde, calça preta, meia branca ou preta e sapato preto, era o homem típico da classe piscatória com a sua roupa domingueira ou dias festivos. Ela, a mulher... bem, sobre a mulher melhor será lerem o que determinadas individualistas disseram e escreveram: "No Bairro da Lapa – zona sul da Póvoa de Varzim -, existia uma classe de pessoas admirável e ainda existe – entre a realidade e a fantasia; uma espécie de sonho cobiçado e admirado por quantos a visitavam e visitam". Eram e são as nossas Tricanas. O próprio nome Tricana, é já de si musical. Moças de Bairro – aliás de Póvoa inteira – e que vestiam: saia de merino preto justo á anca; blusa de renda; avental de seda às ramagens; meia com risca na vertical e chinela preta de tacão esguio. Enfim. Uma bela moldura num quadro cheio de beleza. Ela, sem qualquer pintura no rosto, de farta cabeleira negra e lustrosa como cetim com uma ou duas bonitas travessas ao lado, completado com um pucho envolto por uma finíssima rede, o que torna um gracioso e místico penteado numa face casta e pura, onde sobressaía sempre um leve mas belo sorriso e uma resposta maliciosa e pronta contra quem com ela se metia. Os aventais – transparentes e macios -, estampados e garridos a bailar nas ancas, roliças e mexidas, obrigavam a tentação do mais comum dos mortais. Quanto às meias com riscas na vertical, já dizia quem nos visitava: “para apreciar a beleza da meia, vale a pena olhar para a perna da Tricana”. As Tricanas do Bairro da Lapa – embaladas pelo marulhar do mar, pela sua elegância, o seu charme e o bater da chinelinha -, eram e são sem dúvida o mais belo cartaz da propaganda turística da Póvoa de Varzim”. O seu repertório genuíno é composto por viras, chulas, marchas e canções.
Tendo um cunho manisfestamente maritimo e é essa inflência maritima que nosso Rancho quer manter, sob pena de perdemos a nossa propria identidade - que é ser gente da Povoa irmanada ao mar - e cujos componentes tem ai raizes salgadas pelo mar e catequizado pelo tocalhar dos sinos da nossa Paróquia que é a Nossa Senhora da Lapa - uma autêntica joia para a nossa gente piscatoria. E uma igreja toda ela viradinha para o porto de mar, como que abençoando a partida e a chegada do nosso homem pescador.
O verde e branco que predomina em especial o traje da nossa Tricana é uma homenagem às cores da nossa Paróquia a que temos a honra e a felicidade de pertencer e que deu o seu Sagrado nome de Lapa a este Rancho de Tricanas. Este agrupamento tenta reproduzir o mais fiel possível, o retrato do nosso pescador e mulher Tricana dos anos 30 até fins dos anos 50 do século passado. O homem, boina preta, camisa aos quadrados preto e verde, calça preta, meia branca ou preta e sapato preto, era o homem típico da classe piscatória com a sua roupa domingueira ou dias festivos. Ela, a mulher... bem, sobre a mulher melhor será lerem o que determinadas individualistas disseram e escreveram: "No Bairro da Lapa – zona sul da Póvoa de Varzim -, existia uma classe de pessoas admirável e ainda existe – entre a realidade e a fantasia; uma espécie de sonho cobiçado e admirado por quantos a visitavam e visitam". Eram e são as nossas Tricanas. O próprio nome Tricana, é já de si musical. Moças de Bairro – aliás de Póvoa inteira – e que vestiam: saia de merino preto justo á anca; blusa de renda; avental de seda às ramagens; meia com risca na vertical e chinela preta de tacão esguio. Enfim. Uma bela moldura num quadro cheio de beleza. Ela, sem qualquer pintura no rosto, de farta cabeleira negra e lustrosa como cetim com uma ou duas bonitas travessas ao lado, completado com um pucho envolto por uma finíssima rede, o que torna um gracioso e místico penteado numa face casta e pura, onde sobressaía sempre um leve mas belo sorriso e uma resposta maliciosa e pronta contra quem com ela se metia. Os aventais – transparentes e macios -, estampados e garridos a bailar nas ancas, roliças e mexidas, obrigavam a tentação do mais comum dos mortais. Quanto às meias com riscas na vertical, já dizia quem nos visitava: “para apreciar a beleza da meia, vale a pena olhar para a perna da Tricana”. As Tricanas do Bairro da Lapa – embaladas pelo marulhar do mar, pela sua elegância, o seu charme e o bater da chinelinha -, eram e são sem dúvida o mais belo cartaz da propaganda turística da Póvoa de Varzim”. O seu repertório genuíno é composto por viras, chulas, marchas e canções.
Tendo um cunho manisfestamente maritimo e é essa inflência maritima que nosso Rancho quer manter, sob pena de perdemos a nossa propria identidade - que é ser gente da Povoa irmanada ao mar - e cujos componentes tem ai raizes salgadas pelo mar e catequizado pelo tocalhar dos sinos da nossa Paróquia que é a Nossa Senhora da Lapa - uma autêntica joia para a nossa gente piscatoria. E uma igreja toda ela viradinha para o porto de mar, como que abençoando a partida e a chegada do nosso homem pescador.